23 julho, 2010

COMO EXPLICAR A EXTINÇÃO, PARTE 6

EPIDEMIA DE CÂNCER

Neutrino é uma partícula elementar. Sua massa é muito pequena, tanto que experiências recentes calcularam sua massa em pouco mais que zero. Esta particula não está sujeita a campos eletromágneticos ou outros campos, interagindo apenas através de força fraca ou gravitação. Por essa razão, seu movimento pela matéria comum é muito pequeno. Detectores de neutrinos normalmente trabalham com centenas de toneladas de material para que apenas alguns átomos por dia consigam interagir com essa partícula.
As respostas para a extinção em massa dos dinossauros fazem com que os cientistas imaginem as mais incríveis situações para explicar o inexplicado. Uma teoria desenvolvida pelo astrofísico da Universidade da Carolina do Sul, em Columbia, Juan Collar, diz que os dinossauros foram extintos pelo câncer. Mas o que os neutrinos têm a ver com isso?
É possível que os dinossauros tenham sido vítimas de rajadas de neutrinos liberados por estrelas em estágio final de vida, ou que explosões de supernovas próximas ao sistema solar tenham causado suas extinções. Segundo Collar, outros tipos de explosões solares, mais discretas, também podem liberar grandes quantidades de neutrinos. Neutrinos não gostam muito de interagir com matéria comum. Caso algum deles se chocasse com o núcleo de átomos de células vivas, o resultado poderia ser um dano no DNA, causando mutações cancerígenas.
Collar ainda calculou que uma estrela entra em colapso a cada 100 milhões de anos em um raio de 20 anos - luz em torno da Terra. Ele chega a comparar a quantidade de neutrinos liberada com a radiação nuclear convencional. Uma estrela seria capaz de produzir 12 células malignas por kilograma de tecido vivo, o que pode gerar tumores. Ainda há maior probabilidade que os neutrinos se instalassem em animais maiores, cuja constituição física é mais propicia ao câncer. Entre os fatores, está a grande quantidade de tutano e medula nos ossos gigantes dos dinossauros.
Pode parecer loucura, mas Collar teve amplo respaldo científico para publicar sua teoria no Physical Review Letters.

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