30 junho, 2011

Dinossauro gigante tinha mesma temperatura de mamíferos modernos

Dente de Camarasaurus usado no estudo

Descoberta foi feita com base em dentes fossilizados de saurópodes encontrados na Tanzania e nos Estados Unidos.

Os dinossauros da família dos saurópodes com seus corpos enormes, pescoços e caudas longuíssimos e cabeças pequenas foram os maiores animais terrestres a habitar a Terra.

Como a temperatura dos animais geralmente aumenta conforme cresce o tamanho, cientistas imaginavam que eles teriam uma temperatura do corpo bastante elevada.
A realidade, no entanto, se mostrou bem diferente, conforme mostra o artigo publicado nesta quinta-feira (23) no periódico científico Science.
Uma equipe liderada por Robert Eagle, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, descobriu que, na verdade, a temperatura dos saurópodes ficava entre 36° e 38°C, próxima a de mamíferos como os seres humanos.
O trabalho da equipe consistiu em analisar o esmalte de dentes fossilizados de diversos saurópodes encontrados na Tanzânia e nos Estados Unidos.
Mais especificamente, eles olharam a quantidade de ligações entre isótopos de moléculas de carbono e oxigênio em um mineral chamado apatita, que está presente no dente e que varia conforme a temperatura em que o esmalte do dente se forma.
“Eu não tinha nenhuma expectativa em relação à temperatura que iríamos medir. Talvez nossa maior surpresa seja ter conseguido fazer a técnica funcionar e ter desenvolvido um método para medir a temperatura do corpo de um animal morto há 150 milhões de anos”, afirmou Eagle ao iG.
O valor encontrado para a temperatura é de 4° a 7°C menor do que o previsto por um modelo que faz a curva de temperatura do corpo do dinossauro versus a massa dele.
O resultado mostra que possivelmente eles tinham um sistema de controle de temperatura que evitava o superaquecimento.
“Diversas teorias foram criadas para explicar como os saurópodes evitavam o superaquecimento, incluindo uma que diz que eles conseguiam dissipar calor do corpo através de um sistema interno de sacos de ar e possivelmente devido ao seu pescoço e caudas longos [que também ajudavam a dissipar o calor].
Adicionalmente eles podem ter criado adaptações no comportamento como procurar sombras na parte mais quente do dia”, explicou Eagle.

A descoberta, porém, não resolve o longo debate sobre os dinossauros serem homeotérmicos (seres capazes de controlar a temperatura do corpo em relação ao ambiente, como os mamíferos) ou poiquilotérmicos (incapazes de realizar esta função como os anfíbios).
“As temperaturas que medimos nos permitem dizer que os corpos dos saurópodes eram mais quentes dos que os jacarés e crocodilos atuais, que têm uma temperatura entre 26° 30°C.
Isto, porém, não significa que os saurópodes tinham uma taxa metabólica alta e produção interna de calor [características dos animais homeotérmicos], é possível que eles se mantivessem quentes devido ao fato de serem tão grandes que fosse mais fácil manter o calor.
Este fenômeno é chamado gigantotermia [característico dos animais poiquilotérmicos]”, comentou Eagle.
O próximo passo do trabalho será medir a temperatura de dinossauros de diferentes tamanhos para tentar tirar esta dúvida.
“Se eles [saurópodes] forem gigantotermicos é de se esperar que dinossauros menores tenham temperaturas mais baixas do que eles.
Caso os dinossauros sejam que nem os mamíferos, os filhotes deveriam ter a mesma temperatura que os grandes dinossauros (como um bebê humano que tem essencialmente a mesma temperatura corporal que um adulto humano)”, afirmou Eagle.

Espinossauro também vivia na Austrália

Espinossauro viveu na Europa, América do Sul e África do Sul. Osso descoberto na Austrália é o vestígio mais antigo do animal.

Descoberta de osso fóssil de dinossauro parecido com crocodilo revela que criatura existiu em várias partes do planeta.

A descoberta, na Austrália, do osso do pescoço de uma espécie de dinossauro semelhante a um crocodilo provou que a criatura existiu muito antes do que se pensava.

A vértebra de um espinossauro foi encontrada perto do farol de Cabo Otway, em Victoria, no sul da Austrália. O osso pertenceu a um animal relativamente pequeno de dois metros, que viveu cerca de 10 milhões de anos atrás.
Lagarto com focinho longo e estreito com o de um crocodilo, sabe-se que o espinossauro viveu na Europa, na América do Sul e na África do Sul, mas esta foi a primeira vez que vestígios deste animal foram encontrados na Austrália.
"O fato de terem existido na Austrália muda nosso entendimento da evolução desde grupo de dinossauros", afirmou Thomas Rich, autor do estudo publicado no periódico científico Biology Letters e curador do Museu Victoria.
De acordo com o estudo, a descoberta do osso na Austrália também muda a ideia de que a fauna australiana era endêmica ou única, no período Cretáceo.
"O mesmo grupo de dinossauros se disseminou quando a Terra foi um supercontinente", disse Rich.
"Quando a Terra evoluiu para continentes separados, as várias famílias de dinossauros já tinham chegado àquelas porções de terra, o que explica porque os mesmos tipos foram encontrados em locais hoje distantes um do outro", acrescentou.
Vivendo tanto na água quanto na terra, acredita-se que o 'Spinosaurus' rivalizasse com o Tiranossauro rex em tamanho, chegando a medir até 18 metros e a pesar 21 toneladas.

Espécie de dinossauro descoberta na Inglaterra pode ser a menor do mundo

Cientistas acreditam que uma nova espécie de dinossauro descoberta em uma olaria na Inglaterra pode ser a menor do mundo, informa reportagem publicada no site do jornal britânico "Independent".

O fóssil do dinossauro que mais se parece com uma ave, medindo entre 33 e 40 cm de comprimento, foi encontrado em um poço no balneário de Bexhill, no condado de East Sussex.
O pequeno dinossauro foi identificado por Darren Naish e Steve Sweetman, paleontólogos da Universidade de Portsmouth, como sendo da Era Mesozóica, que começou aproximadamente 250 milhões de anos atrás.
A nova espécie, que era carnívora ou onívora, foi identificada a partir de uma única vértebra cervical, medindo 2,8 cm de comprimento.
Isso indica que o dinossauro, que foi apelidado de "maniraptora de Ashdown", fazia parte de um grupo que incluía todos os de duas pernas, que comiam carne, chamados terópodes.
Os paleontólogos descobriram que o novo dinossauro tem claras similaridades com maniraptora, o grupo de terópodes que inclui pássaros e outras espécies parecidas com aves, terópodes emplumados, tornando possível que eles façam parte deste grupo.
- É uma descoberta animadora e representa o menor dinossauro que já descobrimos no registro de fósseis na Europa - disse Steve Sweetman.
Os cientistas confirmaram que o fóssil é definitivamente de um dinossauro crescido porque o corpo principal da vértebra cervical é totalmente soldada à parte em forma de arco da vértebra que fica acima, o que significa que era esqueleticamente maduro.
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