19 maio, 2011

Parente peso pluma do tiranossauro é encontrado na Mongólia

Pesquisadores trabalhando no deserto de Gobi, na Mongólia, descobriram o esqueleto quase completo de um dinossauro da ordem dos tiranossauros que tinha menos de 3 anos de idade quando morreu, mais jovem e menor do que qualquer outro já descoberto.
O animal, chamado Tarbosaurus bataar, é o parente mais próximo do Tyrannosaurus rex, predador que vivia na América do Norte na mesma época.
Em vida, o espécime pesava menos de 32 quilos, frente às seis toneladas de um T. bataar adulto, segundo relato dos pesquisadores em The Journal of Vertebrate Palentology.
Os pesquisadores conseguiram determinar sua idade pelo exame microscópico de um dos ossos da perna, que revelaram pausas periódicas no crescimento - como os anéis num tronco de árvore.
Dinossauros adultos da ordem dos tiranossauros possuem ossos do crânio extremamente fortes, especialmente os da mandíbula, capazes de aplicar forças muito intensas de torção e flexão.
Nos espécimes jovens, porém, os ossos do crânio são mais delicados, os dentes, mais finos, e a mandíbula, muito mais fraca.
Isso sugere que o T. bataar jovem tinha mais chances de capturar sua presa usando a surpresa e a velocidade, em vez da força devastadora usada por seus pais.
Em outras palavras, o T. bataar alterava sua dieta conforme crescia, diferente de outros dinossauros predatórios.
"Esta é uma das imagens mais claras que temos desses dinossauros", afirmou Lawrence M. Witmer, professor de paleontologia da Universidade de Ohio e principal autor do estudo. "Ela nos dá a melhor visão das mudanças de estilos de vida desses animais enquanto eles cresciam".

14 maio, 2011

Paleontólogos escavam fósseis de Titanossauro no Triângulo Mineiro

Ilustração: Rodolfo Ribeiro

Segundo diretor de centro de pesquisas, fósseis ficaram visíveis após chuvas. Equipe descobriu uma espécie nova na mesma região, em 2004.

Um grupo de paleontólogos começou, na quarta-feira (11), as escavações dos fósseis de um titanossauro encontrados às margens da BR-050, entre Uberaba e Uberlândia, no Triângulo Mineiro.

De acordo com Luiz Carlos Ribeiro, diretor do Centro de Pesquisas Paleontológicas L. I. Price, os ossos foram vistos devido às fortes chuvas que atingiram a região nos primeiros meses de 2011 e fizeram com que parte da terra cedesse no local.

Segundo ele, o trabalho no sitio arqueológico começou depois que as rochas secaram, pois a umidade poderia provocar novos deslizamentos e danificar os fósseis.
De acordo com o diretor, outras escavações foram realizadas no mesmo local entre 2004 e 2006. Na época, mais de 300 toneladas de rocha foram retiradas e cerca de 200 fósseis, encontrados.
Os ossos descobertos pelos paleontólogos pertenciam a uma nova espécie de titanossauro, batizado pelo grupo de pesquisadores como Uberabatitan ribeiroi.
O nome também é uma homenagem ao diretor Luiz Carlos Ribeiro. Segundo ele, a espécie é a maior já encontrada no Brasil.
O pesquisador informou que a retirada dos fósseis visíveis deve durar aproximadamente 12 dias, mas, caso novos ossos sejam encontrados, o trabalho deve se prolongar.
De acordo com ele, o grupo vai escavar uma área de 12 metros cúbicos, sendo que cerca de 30 toneladas de rocha devem ser removidas.
Para Luiz Carlos, os fósseis se assemelham aos encontrados em 2004, mas a expectativa é que possam ser partes de uma nova espécie.

Segundo o diretor, a região tem diversos sítios arqueológicos e, em seguida, outros oito locais devem ser escavados pelos profissionais.
Entre os ossos encontrados, existe um fêmur e outro que se parece com uma tíbia. De acordo com o diretor, a partir das descobertas anteriores, réplicas e reconstruções digitais dos animais foram feitas.
Com as novas descobertas, proporções e formatos dos fósseis podem ser alterados caso estejam diferentes e dar aos pesquisadores uma nova perspectiva sobre a espécie.
Depois de serem recolhidos, os fósseis vão ser encaminhados para o centro de pesquisas. Lá, eles serão limpos e estudados.




11 maio, 2011

'Parente' do Tyrannosaurus mudava de dieta com avanço da idade, diz estudo

Crânio do jovem Tarbosaurus, comparado com ossos de adultos.

Esqueleto de tarbossauro de 70 milhões de anos permitiu descoberta. Animais mais velhos da espécie não competiam com mais novos por comida.

A análise de um crânio de 29 centímetros de um parente próximo mostra como membros jovens da família dos tiranossauros tinham dietas diferentes dos adultos no passado e, portanto, não competiam por comida.
O estudo foi divulgado na revista “Journal of Vertebrate Paleontology” na segunda-feira (9) por uma equipe de cientistas dos Estados Unidos, Japão e Mongólia.
Os paleontólogos analisaram o osso da cabeça de um tarbossauro – descoberto na Mongólia – tido como o mais jovem e completo conhecido no mundo. Com 70 milhões de anos de idade, o animal está quase completo, somente sem os ossos do pescoço e de parte do rabo.
O objetivo era desvendar como cresceram e como se alimentaram esses predadores. Ao estudarem o dinossauro, os especialistas descobriram que o animal morreu com apenas 2 ou 3 anos, atingindo apenas 2,7 metros de comprimento.
Os tarbossauros adultos atingiam até 12,2 metros de extensão e chegavam a pesar até seis toneladas. Tinham expectativa de vida de até 25 anos, similar a dos tiranossauros.
Segundo os especialistas, o animal era um caçador diferente dos adultos. Usava a agilidade e rapidez para pegar suas presas, em contraste com a força dos gigantes predadores.
O período do Cretáceo Tardio (entre aproximadamente 100 milhões e 65 milhões de anos atrás) oferecia diversas opções de comida, segundo os pesquisadores.
No início, os tarbossauros mais jovens se alimentariam de presas menores e com o passar do tempo teriam desenvolvido uma mudança alimentar, passando a caçar outros animais maiores, à semelhança dos tiranossauros.

07 maio, 2011

Cientistas acham fósseis de batalha entre "monstros" marinhos

O Ophthalmosaurus viveu durante a época dos dinossauros, tinha cerca de 6 m de comprimento e uma enorme boca com cerca de 100 dentes,  parecidos com os de um crocodilo
Cientistas descobriram na Austrália fósseis que indicam uma batalha entre dois "monstros" marinhos há cerca de 120 milhões de anos.
Segundo pesquisadores da Universidade Uppsala, da Suécia, que participaram da descoberta, os fósseis dos ossos de um Ophthalmosaurus com marcas de mordidas, certamente causadas por um animal da mesma espécie.
A espécie, que conviveu com os dinossauros, lembrava um golfinho, tinha 6 m de comprimento e uma longa boca com cerca de 100 dentes, parecidos com os de um crocodilo. O fóssil, afirma a universidade, foi achado na cidade de Marree.
Quando os Ophthalmosaurus viveram, a Austrália ainda estava unida à Antártida e certamente ficava mais ao sul, próxima ao circulo polar antártico. A região onde foi achado o esqueleto fossilizado hoje é um campo, mas na época era o fundo do mar gelado.
Ainda de acordo com a universidade, quando os paleontólogos estavam limpando a mandíbula do Ophthalmosaurus em um laboratório, eles acharam as marcas de mordida supreendentemente bem conservadas.
As marcas ainda indicam que o corpo se curou do ataque, o que sugere que o animal sobreviveu por um longo período após a batalha.

Quando os Ophthalmosaurus viveram, a Austrália ainda estava unida à Antártida e certamente ficava mais ao sul, próxima ao circulo polar antártico.
Benjamin Kear, professor da universidade e um dos pesquisadores envolvidos na descoberta, afirma que esse tipo de comportamento raramente foi reportado em fósseis de Ophthalmosaurus anteriormente.
Devido ao tamanho das marcas causadas pelo ataque, os cientistas acreditam que elas não tenham sido causados por um predador ou por uma presa.
Contudo, elas encaixam com os dentes de um ictiossauro adulto, o que sugere que a batalha ocorreu durante uma disputa por comida, território ou por uma parceira.
Atacar a face do adversário com mordidas é uma prática comum vista nos animais que vivem hoje e frequentemente o ataque é direcionado à mandíbula do adversário para imobilizá-la.

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