Ilustração do Atacamatitan chilensis, dinossauro que viveu há 100 milhões de anos no Chile |
Nova espécie era herbívora, com pescoço e cauda muito longos e vivia no deserto do Atacama |
O Atacamatitan, um gigantesco dinossauro herbívoro que habitou o norte do Chile há cerca de 100 milhões de anos, converteu-se na primeira espécie descrita exclusivamente como chilena, segundo um estudo divulgado nesta quinta-feira (17) e validado pela revista científica Anais da Academia Brasileira de Ciências.
"O Atacamatitan chilensis é o primeiro dinossauro a ser batizado no Chile", afirmou o paleontólogo David Rubilar, integrante da equipe que realizou a descoberta.
"Esta nova espécie fóssil permitirá ampliar o conhecimento dos dinossauros na América do Sul e representa uma grande contribuição para a paleontologia nacional", acrescentou o pesquisador.
Trata-se de uma nova espécie de dinossauro gigante, o titanossauro, de caráter herbívoro, com pescoço e cauda muito longos, de cerca de oito metros de comprimento e com cerca de cinco toneladas.
A particularidade desse dinossauro são suas pernas mais magras, reflexo da geografia do local onde esses animais viveram no passado e de sua alimentação, segundo o cientista.
"Sua particularidade foi diagnosticada a partir das vértebras do dorso e da cauda e pelo formato do fêmur, mais fino do que em que qualquer titanossauro já descoberto", explicou Rubilar.
A particularidade desse dinossauro são suas pernas mais magras, reflexo da geografia do local onde esses animais viveram no passado e de sua alimentação, segundo o cientista.
"Sua particularidade foi diagnosticada a partir das vértebras do dorso e da cauda e pelo formato do fêmur, mais fino do que em que qualquer titanossauro já descoberto", explicou Rubilar.
"Não é nem o maior nem o menor, sua principal característica distintiva está no fêmur", acrescentou o especialista.
Os restos desse dinossauro foram encontrados em 2000 onde fica hoje o deserto do Atacama, o mais árido do mundo, localizado no extremo norte do Chile com uma extensão de mais de 100.000 km2 e com períodos de até 300 anos sem chuvas.
"O Atacamatitan se alimentava dos frutos das araucárias, o que indica que, naquela época, o deserto do Atacama não era um lugar tão árido como agora", explicou Rubilar, paleontólogo do Museu de História Natural do Chile.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.