O Ophthalmosaurus viveu durante a época dos dinossauros, tinha cerca de 6 m de comprimento e uma enorme boca com cerca de 100 dentes, parecidos com os de um crocodilo |
Cientistas descobriram na Austrália fósseis que indicam uma batalha entre dois "monstros" marinhos há cerca de 120 milhões de anos.
Segundo pesquisadores da Universidade Uppsala, da Suécia, que participaram da descoberta, os fósseis dos ossos de um Ophthalmosaurus com marcas de mordidas, certamente causadas por um animal da mesma espécie.
A espécie, que conviveu com os dinossauros, lembrava um golfinho, tinha 6 m de comprimento e uma longa boca com cerca de 100 dentes, parecidos com os de um crocodilo. O fóssil, afirma a universidade, foi achado na cidade de Marree.
Quando os Ophthalmosaurus viveram, a Austrália ainda estava unida à Antártida e certamente ficava mais ao sul, próxima ao circulo polar antártico. A região onde foi achado o esqueleto fossilizado hoje é um campo, mas na época era o fundo do mar gelado.
Ainda de acordo com a universidade, quando os paleontólogos estavam limpando a mandíbula do Ophthalmosaurus em um laboratório, eles acharam as marcas de mordida supreendentemente bem conservadas.
As marcas ainda indicam que o corpo se curou do ataque, o que sugere que o animal sobreviveu por um longo período após a batalha.
Quando os Ophthalmosaurus viveram, a Austrália ainda estava unida à Antártida e certamente ficava mais ao sul, próxima ao circulo polar antártico. |
Benjamin Kear, professor da universidade e um dos pesquisadores envolvidos na descoberta, afirma que esse tipo de comportamento raramente foi reportado em fósseis de Ophthalmosaurus anteriormente.
Devido ao tamanho das marcas causadas pelo ataque, os cientistas acreditam que elas não tenham sido causados por um predador ou por uma presa.
Contudo, elas encaixam com os dentes de um ictiossauro adulto, o que sugere que a batalha ocorreu durante uma disputa por comida, território ou por uma parceira.
Atacar a face do adversário com mordidas é uma prática comum vista nos animais que vivem hoje e frequentemente o ataque é direcionado à mandíbula do adversário para imobilizá-la.
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