22 abril, 2011

Maior fóssil de aranha já encontrado é descoberto na China

Fêmea de 165 milhões de anos tinha 15 centímetros com patas abertas
Cientistas encontraram na China a maior aranha fossilizada já registrada, chegando a 15 centímetros de extensão com suas patas abertas.
A fêmea, que viveu há cerca de 165 milhões de anos, faz parte do gênero Nephila, cujos espécimes são conhecidos pelas teias fortes e de tom dourado que produzem. Estas aranhas são encontradas em regiões tropicais e subtropicais.
Segundo a revista científica Biology Letters, onde foi publicada o estudo, o fóssil foi encontrado na região da Mongólia Interior. Os pesquisadores batizaram o animal de Nephila jurassica.
O professor de Paleontologia da Universidade do Kansas (Estados Unidos) Paul Selden, que participou do estudo, disse à BBC que o corpo da Nephila jurassica não é o maior, mas ao considerar as suas patas, ela se torna a aranha fossilizada de maior tamanho já encontrada.
Até então, o fóssil mais antigo do gênero Nephila tinha 35 milhões de anos. A nova descoberta faz com que a existência deste gênero seja revista para o Período Jurássico, o que torna a aranha a mais antiga Nephila já registrada.
É impossível determinar com certeza como morreu este aracnídeo fossilizado. A possibilidade mais forte seria um desastre natural.
A aranha foi encapsulada em cinza vulcânica no fundo do que teria sido um lago. A cinza teria, segundo o estudo, arrancado o animal de sua teia e o encoberto. Os detalhes preservados no fóssil impressionam os cientistas.
"Você vê não somente os pelos das patas, mas pequenas coisas, como a trichobothria (pequenas estruturas em formato de pelo que servem para detectar vibrações do ar)", afirma Selden.

Dimorfismo

As fêmeas de Nephila existentes hoje em dia tecem algumas das maiores teias conhecidas, chegando a 1,5 metro de diâmetro.
A sua grandeza contrasta totalmente com os machos deste gênero, que, de tão pequenos, fazem as fêmeas parecerem gigantes.
Esta disparidade de tamanho é um exemplo do que os biólogos chamam de dimorfismo sexual extremo.

Fêmeas atuais do gênero Nephila são imensamente maiores que machos
Selden e seus colegas também querem descobrir se esta também é uma característica dos antigos espécimes de Nephila.
Segundo o professor, o espécime mais antigo até então era um macho do Período Cretáceo, encontrado na Espanha. Ele afirma que este animal tinha tamanho normal, considerando que as fêmeas atuais são gigantes.
"Parece que nós tínhamos este diformismo neste período tão antigo. Gostaríamos de encontrar um macho para confirmar isto.
Todas as evidências sugerem que os machos tinham tamanho normal, mas ainda não localizamos nenhum."

16 abril, 2011

Velociraptors eram caçadores noturnos

O Velociraptor mongoliensis tinha hábitos noturnos.

Estudo analisou a estrutura ocular de fósseis de dinossauros e comprovou que havia diferença nos hábitos de cada espécie.

Alguns dinossauros tinham olhos adaptados para a caça noturna, enquanto outros estavam mais aptos para atividades durante o dia, mostra um estudo que contesta a ideia de que os sáurios eram animais exclusivamente diurnos.

A partir da análise dos registros fósseis de um osso que existe em pássaros e lagartos, chamado anél esclerótico, pesquisadores conseguiram comprovar que alguns dinossauros tinham a pupila mais aberta, própria para visão noturna.

Esse anél circunda a íris, determinando a largura da pupila. O estudo desmente o conceito de que os dinossauros do Mesozóico, de 250 milhões a 65 milhões de anos atrás, tinham atividade exclusivamente diurna, deixando a noite para os pequenos mamíferos.

Esqueleto do pterossauro Ctenochasma elegans, que tinha hábitos noturnos.
Durante seis anos e meio, pesquisadores da universidade da Califórnia mediram o osso ocular de 33 fósseis de dinossauros, pássaros ancestrais e pterossauros.

O diâmetro de cada osso estudado variou de um a 10 centímetros, e revelou novos padrões do ecossistema.

De acordo com o estudo, pequenos carnívoros, como os velociraptors, eram caçadores noturnos. Grandes dinossauros herbívoros tinham atividades tanto durante o dia quanto durante a noite, provavelmente pelo fato de terem de comer grandes quantidades, o que levava muito tempo, com direito a “siestas” nas horas mais quentes do dia para evitar o superaquecimento do corpo. O mesmo acontece com grandes herbívoros contemporâneos, como os elefantes.
Pterossauros e aves pré-históricas eram mais ativas durante o dia. Os pesquisadores não puderam estudar grandes carnívoros, como o temido Tyrannosaurus rex, por não haver registro fóssil suficiente do anel escleral.

Na imagem, o crânio do Diplodocus longus, um grande herbívoro que tinha hábitos noturnos e diurnos, assim como os elefantes

A variação nos padrões de atividade diária facilita a divisão do uso do habitat e de seus recursos entre as espécies.
“Conseguimos reconstruir o ecossistema, agora que sabemos em que período cada dinossauro era mais ativo, e também começamos a entender melhor a interação deles”, disse ao iG Lars Schimitz, professor do departamento de Evolução e Ecologia da Universidade da Califórnia e autor do estudo publicado na edição desta semana do periódico científico Science

Na imagem é possível ver o anél escleral do Protoceratops andrewsi, um grande herbívoro.

Os pesquisadores também analisaram a estrutura em outras 164 espécies contemporâneas. Humanos não têm anel esclerótico.
“Como sabemos os hábitos dos animais que vivem nos dias de hoje, pudemos comparar com a estrutura ocular a dos fósseis de dinossauros”, disse Schimitz.

“A descoberta foi uma surpresa, embora faça todo o sentido”, completou Ryosuke Montani, também autor do estudo.

14 abril, 2011

Fóssil revela como ocorreu evolução do ouvido dos mamíferos

Esqueleto preservado do animal

Transição do ouvido dos répteis para os mamíferos era um mistério. Esqueleto de espécie desconhecida foi encontrado na China.

Um fóssil preservado de uma espécie até agora desconhecida ajudou cientistas a desvendar um mistério de quase 160 anos: como ocorreu a formação do ouvido médio dos mamíferos. O segredo estava escondido na mandíbula do animal de 120 milhões de anos.
O autor do estudo, Jin Meng, explicou ao G1. “Esse fóssil nos oferece pela primeira vez os detalhes da transição da formação do ouvido médio”, disse ele, que trabalha no Museu de História Natural de Nova York, nos Estados Unidos, e é parte da Academia Chinesa de Ciências.
Os paleontólogos sabiam que os répteis têm apenas um osso pequeno – um “ossículo”, chamado de “estribo” -- no ouvido médio. E que os mamíferos, como nós, possuem múltiplos ossos como esses – os principais, conhecidos como “estribo”, “bigorna” e “martelo” (eles recebem esses nomes porque, de fato, se parecem com esses objetos).
Como uma coisa evoluiu para a outra, no entanto, era um mistério para o qual os cientistas possuíam somente hipóteses. Apenas agora, com a descoberta de uma espécie inédita na China, conhecida como Liaoconodon hui, “evidências inequívocas”, como diz Meng, foram encontradas.
O bicho mostra como uma estrutura conhecida como “cartilagem de Merckel” serviu de “ponte” para a formação de ossos que serviam tanto para a mastigação quanto para a audição.
“A formação do martelo, estribo e bigorna é uma das distinções clássicas entre répteis e mamíferos”, explica Meng.
Segundo o pesquisador, o estudo foca em uma “pequena, mas importante” parte do esqueleto do Liaoconodon hui, e que outras descobertas sobre a evolução dos mamíferos ainda podem surgir do espécime.

Nova espécie revela elo evolucionário entre dois grupos de dinossauros

Um grupo de cientistas da Smithsonian Institute descobriu, no Novo México, fósseis do crânio e das vértebras do pescoço de um Daemonosaurus chauliodus, um elo evolucionário entre dois grupos de dinossauros. A descoberta está na publicação "Proceedings of the Royal Society B".
Os mais antigos dinossauros bípedes conhecidos incluem espécies de predadores como o Herrerasaurus, que habitou a região hoje correspondente à Argentina e ao Brasil há cerca de 230 milhões de anos.

Até agora, havia um hiato entre esses animais e os terópodes mais desenvolvidos, mas a análise da estrutura óssea mostrou que o Daemonosaurus chauliodus é esse elo.
O tamanho do animal não pode ser definido a partir do material encontrado, mas o crânio tem cerca de 14cm e o maxilar superior tem dentes grandes e inclinados para a frente.
O Daemonosaurus chauliodus viveu no fim do período Triássico (antes do Jurássico), há cerca de 205 milhões de anos. A descoberta mostra que ainda há muito a aprender sobre a evolução dos dinossauros.
- A exploração contínua, mesmo em regiões bem exploradas, como o sudoeste dos EUA, ainda trará descobertas notáveis de fósseis - disse Hans Sues, curador de vertebrados no Museu de História Natural Smithsonian e principal autor da pesquisa.

Pássaros herdaram olfato de dinossauros




Um dinossauro cativante conhecido como Bambiraptor ajudou cientistas a determinar que os pássaros herdaram um bom olfato dos dinossauros - e que melhoraram sua capacidade.
Há muito tempo, existe a idéia de que os pássaros evoluíram a partir de pequenos dinossauros bípedes, ganharam penas, passaram a viver em árvores e depois começaram a voar. O primeiro pássaro identificado foi o Archaeopteryx, que viveu há cerca de 150 milhões de anos.
Uma suposição comum é a de que estas pequenas aves tinham um olfato ruim, já que a pressão evolutiva teria moldado os recursos do cérebro a favor da visão, equilíbrio e coordenação, deixando de lado o olfato.
Mas não é bem assim, de acordo com uma nova pesquisa publicada nesta quarta-feira no jornal da Britain's Royal Society.
Pesquisadores do Canadá utilizaram tomografia computadorizada - o famoso TC utilizado para diagnósticos médicos - para ter acesso a uma imagem em 3D dos crânios de dinossauros, de pássaros extintos e de aves ainda vivas.
Eles mediram o tamanho médio do bulbo olfativo, a parte do cérebro utilizada para o cheiro. Entre pássaros modernos e mamíferos, um grande bulbo olfativo significa que o olfato é melhor.
As 157 amostras traçaram a linhagem olfativa de pássaros modernos com um grupo de pequenos carnívoros chamados de terópodes, cuja grande família é integada ainda pelo Tiranossauro Rex.
Os primeiros pássaros, segundo o estudo, tinham aproximadamente a mesma capacidade olfativa de um pombo moderno - muito boa e certamente melhor que a esperada.
Então, cerca de 95 milhões de anos atrás, pássaros que eram os ancestrais de aves modernas desenvolveram um olfato ainda melhor.
Incluído nos fósseis desta época encontra-se o Bambiraptor, uma das principais evidências da evolução dos pássaros.

Um animal muito rápido com o tamanho de um cachorro, o Bambiraptor não podia voar, mas seu corpo provavelmente era coberto de penas e seu esqueleto era surpreendentemente similar a pássaros como o papa-léguas.
Ele tinha aproximadamente a capacidade olfativa dos abutres da Turquia e dos albatrozes atuais, que dependem do olfato para se alimentar ou viajar por longas distâncias, segundo os especialistas.
"Nossa descoberta de que os pequenos dinossauros velociraptor, como o Bambiraptor, tinham um olfato tão desenvolvido quanto estes pássaros sugere que o cheiro pode ter desempenhado um papel importante enquanto estes dinossauros caçavam para se alimentar", afirmou Darla Zelenitsky, uma paleontóloga da Universidade de Calgary.
Entre pássaros modernos, o senso olfativo é muito variável, de acordo com a pesquisa.
Aves relativamente primitivas, como patos e flamingos, tem um bulbo olfativo relativamente grande, enquanto pássaros considerados mais inteligentes, como as gralhas, tentilhões e papagaios, têm bulbos menores, provavelmente para compensar sua maior capacidade cerebral.
O estudo aparece em Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences.

08 abril, 2011

Estudo genético sugere que dinossauros tinham piolhos

Análise do DNA de parasitas atuais indica que espécies especializadas de piolho já existiam há mais de 75 milhões de anos.
Ancestrais de vários tipos de piolho que infernizam as aves e mamíferos da atualidade já existiam entre 75 milhões e 100 milhões de anos atrás, em pleno reinado dos dinossauros, indica um estudo que analisou as diferenças genéticas entre 69 espécies atuais do parasita, a fim de criar um relógio biológico da evolução do piolho.
“A idéia básica é que, quanto mais diferentes forem as sequências de DNA, mais distante no passado se encontra o ancestral comum entre dois grupos”, disse um dos autores do trabalho, Kevin P. Johnson, ao iG. O estudo está publicado no periódico britânico Biology Letters.
A extinção dos dinossauros ocorreu há 65 milhões de anos. Se os piolhos já existiam e prosperavam muito antes disso, é possível que tenham infestado esses animais.
“Recentemente, demonstrou-se que muitos grupos de dinossauros tinham penas, ou estruturas semelhantes a penas.
Então, parece que os dinossauros teriam sido hospedeiros adequados para os piolhos”, explica Johnson, acrescentando que “nenhum réptil ou anfíbio moderno tem piolhos, o que indica que penas ou pelos são um requisito importante” para o parasita.
Ainda de acordo com Johnson, a antiguidade da diversificação dos grupos de piolho sugere que a diversidade de espécies de mamíferos e aves já era grande, mesmo antes da extinção dos monstros pré-históricos.
Uma teoria propõe que o fim dos dinossauros foi o que abriu oportunidades ecológicas para o surgimento do grande número de espécies de aves e mamíferos que vemos no mundo atual.
Mas, argumenta Johnson, os piolhos de hoje são parasitas altamente especializados, com adaptações específicas para cada tipo de hospedeiro.
Se os piolhos começaram a se especializar há mais de 75 milhões de anos, isso poderia ser uma resposta ao aumento da diversidade de mamíferos e aves, que estaria ocorrendo bem debaixo do focinho dos dinossauros.
O pesquisador reconhece, no entanto, que não tem provas disso. “É bem possível que alguns grupos de piolhos tenham pulado dos dinossauros para as aves e mamíferos, ou que os pássaros tenham herdado os piolhos de seus ancestrais dinossauros, e que depois alguns piolhos tenham pulado das aves para os mamíferos”, admite.
“Nosso estudo não é capaz de distinguir entre esses cenários. Mas descobrimos que muitos grupos de piolhos já estavam por aí antes de os dinossauros se extinguirem”.

04 abril, 2011

Descoberto tiranosauro na China

Ossos maxilares do Magnus zhuchengtyrannus
Cientistas irlandeses anunciaram a descoberta de uma nova espécie de dinossauro gigantesco, que seria um parente próximo do Tyrannosaurus rex (T. Rex), a partir de fósseis do crânio e ossos maxilares encontrados na China.
Segundo os estudiosos, o tiranossauro media cerca de 11 m de comprimento e pesava 6 toneladas. As informações são do site do Daily Mail.
O pesquisador David Hone, da University College de Dublin, afirmou que passou cerca de três anos na área de uma pedreira onde os fósseis foram encontrados.

"É outro grande T-Rex e essas coisas não aparecem todos os dias. É um dos maiores predadores de todos os tempos", disse o pesquisador.
O dinossauro foi oficialmente chamado de Magnus zhuchengtyrannus, em homenagem a Zhucheng, a cidade em que os fósseis foram encontrados, na província de Shandong, leste da China.
Mas por causa de seu enorme tamanho, os cientistas rapidamente classificaram o dinossauro de "primo do T-Rex".
Assim como o T. Rex e o Tarbosaurus, o Magnus zhuchengtyrannus faz parte do grupo dos tiranossauros, terópodes gigantescos que habitaram a América do Norte e a Ásia Oriental durante o período Cretáceo, que durou cerca de 99 a 65 milhões anos atrás.
Fósseis de outro dinossauro com tamanho semelhante foi encontrado no mesmo local, mas os especialistas ainda analisam o material coletado.
A pedreira de Shandong é o lar de uma das maiores concentrações de fósseis de dinossauros do mundo.
A pesquisa foi publicada no jornal online Science Direct.

02 abril, 2011

Descoberto ancestral distante do crocodilo

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul (FZB/RS) anunciaram na quinta-feira, 31, a descoberta de fósseis de um parente distante dos crocodilos que viveu há 240 milhões de anos e tinha hábitos gregários.

A novidade científica foi descrita em artigo do doutorando em Biologia da USP de Ribeirão Preto Marco Aurélio Gallo de França, bolsista da Fapesp, seu orientador Max Cardoso Langer e o paleontólogo Jorge Ferigolo, da FZB/RS, publicado pela revista alemã Naturwissenschaften.
O material foi encontrado no município de Dona Francisca pelos paleontólogos Jorge Ferigolo, Ana Maria Ribeiro e Ricardo Negri, do Museu de Ciências Naturais da FZB/RS.
O grupo removeu um bloco de rocha de meia tonelada no qual estavam crânios de predadores do Triássico. Os fósseis ficaram depositados no museu e, em 2007, passaram a ser estudados por Franço, Langer e Ferigolo.
As conclusões começaram a ser publicadas agora e indicam a descoberta de uma nova espécie, com 2,5 metros de comprimento, pertencente ao grupo de répteis rauisuchia.
Hábitos diferentes. Mas a maior novidade está nos hábitos do animal, mais complexos que os do grupo dos arcossauros, da mesma era.
"Pensava-se que os raiusuchia eram do topo da cadeia alimentar e viviam sozinhos. A descoberta de que uma das espécies vivia em conjunto quebra esse paradigma", avalia França.
Os fósseis indicam que o réptil tinha atividades grupais como, possivelmente, a caça. Dos restos de dez indivíduos encontrados, nove estavam sobrepostos. "Isso indica comportamento social; eles estavam próximos antes de morrer", diz o doutorando.
O nome dado ao réptil, Decuriasuchus quartacolonia, considera suas características. Decúria se refere à unidade do exército romano constituída por dez soldados; suchus é um termo grego para um deus egípcio com cabeça de crocodilo; e Quarta Colônia é a região do Estado onde estavam os fósseis.
Como o material contém partes amontoadas, os pesquisadores descartam a montagem de um esqueleto para exibição.

01 abril, 2011

Ovos fossilizados de crocodilo pré-histórico são encontrados em Jales, SP

Baurusuchus pachecoi
Bauruoolithus fragilis
Em Jales, o trabalho de pesquisadores que encontraram fósseis de um crocodilo recebeu destaque no meio científico internacional. Ninhos com ovos do animal estão sendo estudados.

Foi em uma fazenda na zona rural de Jales que um pedaço da história do planeta surgiu no meio das rochas.

As escavações revelaram uma conquista: a maior quantidade de ovos de crocodilos pré-históricos já encontrada em todo o mundo. Os fósseis datam de 85 milhões de anos atrás.

Foram revelados no total doze ninhos, com registros bem visíveis de ovos do réptil primitivo Baurusuchus pachecoi. A espécie, encontrada pela primeira vez na cidade de Paulo de Faria, em 1945, viveu no final do cetáceo, o último período antes da grande extinção dos dinossauros.

Junto com os ninhos e ovos, também foi encontrado um crânio do crocodilo primitivo em perfeitas condições, algo muito raro de ocorrer.

Para o paleontólogo Carlos Eduardo Maia de Oliveira, que descobriu os fósseis, o achado é de extrema importância, pois destaca a região em nível mundial.

O trabalho já foi apresentado nos Estados Unidos e também em países do Reino Unido, na Europa. Ele e sua equipe ainda puderam nomear o achado: Bauruoolithus fragilis.

A descoberta foi divulgada na revista cientifica Palaeontology, uma das mais conceituadas no meio. Os pedaços de rocha com as marcas pré-históricas foram trazidos para uma instituição de ensino em Fernandópolis para serem analisadas.
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