19 novembro, 2011

Ovos de dinossauro roubado na Romênia há 6 anos são recuperados

Roubados há seis anos na Romênia, três ovos de dinossauro anão foram encontrados na Itália e serão levados de volta ao país do Leste Europeu, informou nesta quinta-feira a imprensa romena.
"Os ovos foram roubados por dois romenos que agora estão sendo investigados em liberdade", explicou ao jornal Adevarul a promotora Adina Velescu.
Os ovos foram roubados no parque de dinossauros de Tustea, na província de Hunedoara, e vendidos a um italiano, que os guardou em sua casa, em Veneza.
As autoridades judiciais italianas atuaram em conjunto com as romenas, que encontraram a pista dos ovos depois que dois arqueólogos romenos descobriram na internet um anúncio de sua venda.
Os três ovos, que têm 67 milhões de anos e pertencem à espécie dos dinossauros anões, são estimados em 500 mil euros.
O tesouro roubado chegará nesta sexta-feira à província de Hunedoara e será exposto em um museu de Bucareste, segundo a imprensa local.

17 novembro, 2011

Paleontólogos acham cemitério de baleias pré-históricas

Descoberta no Chile é inédita pela qualidade e variedade de fósseis
Paleontólogos descobriram um grande cemitério de baleias pré-históricas no deserto do Atacama, no norte do Chile.
Oito fósseis de mais de sete milhões de anos foram achados no local.
O diretor do sítio, John Vega, afirma que em apenas 15 dias foram descobertas quase 15 baleias.
Os cientistas dizem que ossos fossilizados pertencem a antepassados antigos das baleias modernas. Restos de tubarões, golfinhos e focas também foram encontrados.

Piauí pode ter cratera formada na época dos dinossauros

Um grupo de pesquisadores da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) achou evidências de que uma cratera circular no Piauí, formada pelo impacto de um meteorito, pode ter sido gerada na mesma época em que ocorreu a extinção dos dinossauros.
O impacto teria marcado o final do período Cretáceo, há 65 milhões de anos. Se a hipótese se confirmar, a cratera piauiense teria surgido no mesmo período que a de Chicxulub, no México --colisão que é a causa mais aceita para o sumiço dos dinos e de mais de 70% da biodiversidade da Terra naquela época.
A equipe da Unicamp analisou a estrutura circular de Santa Marta, em Gilbués, no Piauí, para estudar sua origem e o processo de degradação de terras da região.
O Brasil --assim como toda a América do Sul-- tem poucas estruturas de impacto de aspecto circular comprovadas.
"Mas há um conjunto significativo de estruturas circulares conhecidas que carecem de investigação", explica o engenheiro geólogo Carlos Roberto Souza Filho, coordenador do trabalho.

CONJUNTO DE PISTAS

Para os pesquisadores da Unicamp, Santa Marta reúne muitos elementos que corroboram sua origem por impacto de meteorito.
"Encontramos praticamente todas as feições macroscópicas, como cones de estilhaçamento, e microscópicas, como deformações em quartzo, que sinalizam a passagem de ondas de choque e a deformação de materiais relacionadas a um impacto."
Os pesquisadores notaram ainda que a desertificação da região pode ter sido causada pela colisão do bólido.
"As rochas estão fragilizadas em virtude de denso fraturamento [causado pelo impacto]. Essas fraturas parecem ter potencializado a erosão, o que pode ter contribuído fortemente para o amplo processo de degradação de terras", analisa o engenheiro geólogo Juliano Senna, que também é da equipe.
As rochas mais novas atingidas pelo meteorito correspondem a sedimentos depositados na região no final do período Cretáceo.
Isso significa que há uma possibilidade de que o meteorito que formou Santa Marta esteja na mesma janela temporal do impacto que criou a cratera de 180 km de diâmetro de Chicxulub.
Se a hipótese for comprovada, a cratera do Piauí será a única até hoje identificada no hemisfério Sul formada no mesmo período da famosa cratera mexicana.

PANCADARIA

Essa identificação temporal é importante porque uma das hipóteses em debate hoje em dia considera que o impacto no México pode ter sido acompanhado por outros simultâneos em várias regiões da Terra.
"Mas ainda estamos no campo da especulação. Muitas análises sofisticadas sobre as amostras coletadas no campo serão necessárias para que tenhamos alguma confirmação dessas hipóteses", enfatiza Souza Filho.
"Essa é uma investigação demorada, de geoquímica de precisão, que depende de métodos específicos e bastante onerosos", complementa Senna.
O trabalho de Souza Filho com crateras formadas por impactos de meteoritos já tem uma década.
Em 2002, ele publicou um artigo na revista "Science" sobre os impactos na Argentina, onde há o quinto maior campo de tectitos ("vidros" gerados pela colisão de meteoritos) do mundo.
Agora, os cientistas submeteram o trabalho sobre a cratera Santa Marta para revistas especializadas em geologia e ciências planetárias.

08 novembro, 2011

Dinossauro pavão tinha cauda chamativa que pode ter sido usada para flerte

Um dinossauro mais conhecido como “ladrão de ovos” também pode ter sido uma diva exibicionista com uma cauda de penas chamativa.
Os dinossauros oviráptors viveram no período Cretáceo, cerca de 75 milhões de anos atrás. Eles ganharam esse nome latino para “ladrão de ovos”, porque o primeiro espécime foi encontrado perto de uma ninhada de ovos, como se o animal os estivesse roubando.
Mais tarde, descobertas revelaram que os ovos eram provavelmente ovos de oviráptor mesmo, embora a dieta do dinossauro, e se incluía ovos, é praticamente desconhecida.
Agora, uma nova pesquisa revelou que esses dinossauros eram peritos em agitar as penas de sua cauda.
Segundo o pesquisador Scott Persons, esses dinossauros têm caudas excepcionalmente compactas e flexíveis, que, combinadas com um leque de penas anexado ao final da cauda, teriam permitido que o oviráptor fizesse um show similar ao de um pavão moderno.
Persons começou a estudar as caudas de várias espécies de oviráptor como parte de um estudo mais amplo sobre as caudas de todos os terópodes, um grupo de dinossauros estreitamente relacionado com as modernas aves.
Oviráptors são interessantes porque eles têm caudas muito estranhas, com um arranjo diferente de ossos.
“A cauda de um oviráptor, em comparação com a cauda da maioria dos outros dinossauros, é muito curta”, disse ele.
“Mas não é curta porque está faltando um monte de vértebras, é curta porque dentro da vértebra da cauda em si, há uma espécie de conjunto achatado, denso”.
Esse arranjo de ossos denso tornou as suas caudas especialmente flexíveis, da mesma forma que a coluna de uma pessoa, com as suas junções ósseas, pode mover-se mais sinuosamente que um braço, que tem apenas um par de articulações.
Além disso, a comparação com as caudas de répteis modernos sugere que os oviráptors tinham caudas particularmente musculosas.
Impressões fósseis revelam que eles também vinham equipados com um leque de penas no final de suas caudas, anexado a um pedaço de vértebras fundidas não muito diferentes daquelas encontradas na cauda dos pássaros modernos.
“Se você combinar isso com uma cauda musculosa muito flexível, o que você tem é uma cauda que poderia, pelo menos potencialmente, ter sido usada para ‘alarde’”, disse Persons.
E, assim como os pássaros modernos, os oviráptors podem muito bem ter sido fãs de exibições de suas caudas para impressionar potenciais companheiras. “Se você pensar em pavões, eles frequentemente usam suas caudas para flerte”, fala Persons.
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